segunda-feira, 20 de julho de 2009

GREVE DOS POLICIAIS MILITARES, SERÁ?



Mesmo nos tempos da “brizoleta”, uma espécie de cupons que eram distribuídos pelo Governo do Estado em substituição ao pagamento dos salários, que haviam atrasado mais de seis meses, e que ninguém do comercio aceitava mais para compra de materiais ou mantimentos, não se falou em greve da Brigada Militar.

Houve uma oportunidade em que se falava em greve nacional das policias militares, sendo que no Estado de Minas Gerais realmente aconteceu e os resultados podem ser lembrados perfeitamente, inclusive com agressões e lesões corporais entre policiais civis e militares, civis contra civis, PM contra PM, enfim um verdadeiro caos na organização da segurança pública daquele Estado.

Perguntar se somos a favor da greve de Policiais Militares, é um assunto para refletir muito, é preciso dar credibilidade a Governadora do Estado, porém é quase humanamente impossível aceitar que se de aumento salarial aos delegados de policia, ao judiciário, ao Ministério Público enquanto os demais permanecem a mais de quinze anos sem aumento real. Agora se for alcançado aumento aos oficiais superiores da Brigada Militar e o restante ficar a ver navios, não dá para garantir que a hierarquia, que sempre foi um sustentáculo da corporação e talvez sua principal virtude organizacional, poderá segurar o ímpeto dos policiais militares, e, é muito difícil viver e trabalhar com dignidade, recebendo o menor salário entre todas as policias militares do País.

São 161 anos de bons serviços prestados a comunidade gaúcha e até mesmo ao Brasil. 161 anos de amplo cumprimento do dever. 161 anos de respeito as instituições, porém é preciso que se veja o lado dos policiais militares; é preciso que se veja o lado das famílias do policiais militares, é preciso ser tratado com respeito para que se consiga respeitar também.



Há que se considerar ainda, que conforme decisões da justiça, alguns policiais militares, da mesma hierarquia, com mesmo numero de cursos freqüentados, recebem 19% a mais que outros e o Governo do Estado não buscou atender o principio da isonomia salarial, sendo sempre necessário recorrer a justiça e, contrariando outras decisões, perder a ação e entrar novamente. Quando haverá a correção que foi alcançada para uns, paga integralmente a todos. Quando?

Essa: Tu já sabias....

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