O homem tenta de todas as formas explicar certos acontecimentos, mas dificilmente consegue dar um sentido para os mais simples, tanto mais, os complicados.
A ciência explica a cor dos seus cabelos, seu grupo sanguineo, a cor do seus olhos, determinadas doenças, enfim, tantos fatores relacionados ao homem e sua vida, explica até mesmo os motivos da morte, só consegue explicar o momento da morte: destino? Não sei...
De vendedor das Lojas Obino da cidade de Lavras do Sul a Coronel da Brigada Militar, quantos caminhos foram percorridos? Impossível dimencionar. Como jovem Tenente, foi prisioneiro e refém do MST quando da invasão da Fazenda São Pedro, então interior do município de Bagé, hoje certamente deve pertencer ao município de Aceguá; Como Capitão, integrou a força de paz da ONU em El Salvador, restando sempre marcas muito mais emocionais do que físicas. Profissional dedicado a corporação, a seus colegas, a seus amigos e essencialmente a família. Labutou na política onde chegou a vereador e presidente do Legislativo Municipal e ainda candidato a vice-prefeito na cidade de Lavras do Sul.
Já aposentando, na manhã desta sexta-feira, 29, deslocando-se para a Capital do Estado, onde seria homenageado, como passageiro de uma viatura da Brigada Militar, viu-se envolvido em um acidente de trânsito, oportunidade em que a viatura após atingir um animal silvestre na rodovia, o motorista perdeu o controle e acabou colidindo frontalmente com um caminhão (carreta), resultando mortos os três tripulantes da viatura militar, entre eles JOÃO FRANCISCO DA CUNHA FRANCO, com o qual tivemos o privilégio de trabalhar, beber da fonte da sua sabedoria e camaradagem; aprender a respeitá-lo muito mais pelo homem FRANCO do que pelo militar FRANCO e fazer com que, hoje, lamentemos sua morte e roguemos ao Supremos Criador que ilumine sua trajetória.
FRANCO morreu numa viatura militar, cercado de militares, como viveu os melhores momentos de sua vida. Acredito nisto.
Essa: Tu já sabia....
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