sexta-feira, 17 de abril de 2009

FÉRIAS GRANDES


Pois é, sou do tempo em que havia as férias de julho e as férias grande, aquela ocorria de dezembro a março do ano seguinte. O tempo demorava a passar, os dias eram longos, os meses nunca terminavam e os anos, então, nem se fala, como custava a chegar as “férias grande”.

Eram nestas férias, que corriam rápidas demais, quando percebíamos já estavam terminando, que costumávamos ir para o interior do município, e lembro de uma oportunidade em que viajamos, e, digo viajamos, porque tinha um parceiro de férias grande, que vinha lá da cidade (também grande), meu sobrinho, que prefiro identificar como meu irmão, que fomos para uma localidade denominada Ponta do Telho, acho que interior do município de Jaguarão, onde além de aproveitar as maravilhas da vida no campo, desfrutávamos, e até que dávamos valor a isto, de uma linda paisagem. Tinha um córrego muito bonito, cercado por pedras, intensa mata, onde escrevíamos nossas bobagens: “ Lá na minha cidade, não tem poluição...” e outras coisas tantas.

Hoje não temos mais “férias grande” e as curtas férias que temos não dá tempo de “viajar para o interior”, e a juventude de hoje, creio que não escreve mais: “Lá na minha...”, o paredão fica lotado a noite, os carros lotam as ruas, os bares e festas ficam intransitáveis, e as drogas vão se expandindo de maneira assustadora, claro que nem todos são usuários, que ainda existem aqueles que perguntam: “que que queria?” e não sentem vergonha de serem chamados de babaca e outros adjetivos mais. A estes, digo que persistam, continuem persistindo, não esmoreçam, digam “que que queriam...” também para as drogas, elas não merecem levar a vida de vocês e de seus familiares e quem sabe tentem escrever: “ Lá na minha cidade...” a beira de um córrego em meio a uma bela mata.

Essa: Tu já sabia...

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