quarta-feira, 18 de março de 2009

A HÉLICE...

Nascida no bairro Navegantes e criada no bairro IAPI em Porto Alegre, aquela menina estrábica, ingresso na escola com notas até satisfatórias, mas nunca brilhantes, não parecia fadada aos estudos, seu destino era outro.

Foi taxada de prostituta até mesmo por familiares, encontrando no pai o único apoio, e, nunca desacreditou de sua potencialidade e de sua capacidade. Havia quem afirmasse que era temperamental, mas cuidadosamente esclarecendo que no bom sentido, era uma perfeccionista e possuía uma garra impressionante, que era dotada de uma honestidade pessoal magnífica e uma cabeça vinte anos a frente da sua época.

Por várias oportunidades foi rejeitada em rádios e programas de auditório e, depois de muito tentar, acaba indo para o centro País, onde participou de um festival com a musica Arrastão e por sua forma de interpretar gesticulando, agitando os braços em círculos, recebeu o apelido de Hélice Regina.

Um fato curioso na vida da Elis Regina é que, segundo Artur de Farias – Textos e Pesquisas – Um Século de Musica RS, “havia uma tia que dizia com todas as letras que Elis estava manchando o nome da família com esse negócio de cantar – décadas depois, Elis destruiu a velha tia numa entrevista para a TV Gaúcha. Afinal, como ela(não por acaso congnominada “Pimentinha”) gostava de dizer, só toma champanhe comigo quem comeu capim comigo”, ficando aqui evidente o forte caráter de Elis Regina.

Depois de um sucesso absoluto, tendo feito apresentações por praticamente todo o Brasil, Estados Unidos e outros tantos lugares, em 19 de janeiro de 1982, no auge da carreira, Elis Regina Carvalho Costa é encontrada morta por overdose de cocaína.
Essa: Tu já sabia....

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